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O café no Brasil como e quando chegou sua origem

A origem do café 
Ainda hoje, nenhum estudo histórico mais apurado teve a capacidade de dizer em que exato momento o café foi descoberto como bebida. Segundo uma antiga lenda, datada do século VI, um criador de cabras chamado Kaldi ficou demasiadamente aflito ao perceber que algumas de suas cabras haviam se desgarrado do rebanho. Indo atrás de suas crias, acabou descobrindo que elas estavam à beira de um arbusto carregado de pequenas frutas avermelhadas.

Além de terem devorado as frutas, o pastor etíope percebeu que seus animais estavam agitados e bastante alegres. Assustado com aquele proceder, resolveu colher uma parcela dos grãos que encontrou e enviou aos monges de uma região próxima para que pudessem entender aquilo. Os monges, por sua vez, queimaram e esmagaram os grãos, realizando, em seguida, sua infusão, por conta do cheiro bastante agradável.

Tomando o preparado, os monges perceberam que a ingestão do café se mostrava bastante útil para a realização de longas orações, a leitura de obras e a tradução de textos antigos. Ao notarem os efeitos da poderosa bebida, os religiosos alocados na Etiópia se tornaram provavelmente os pioneiros no processo de fabricação e consumo do café. Com o passar dos séculos, a bebida se popularizou entre diversas cidades do mundo oriental e passou a incorporar os hábitos de vários povos árabes.

Mesmo com boa recepção, havia aqueles que torciam o nariz para a ingestão do café. Os muçulmanos ortodoxos, por exemplo, acreditavam que o café era uma bebida tóxica e que não poderia ser consumida pelos verdadeiros seguidores de Alá. Na Europa, lá pelo fim do século XVIII, o rei sueco Gustavo III tentou provar os malefícios da bebida colocando um de seus presos bebendo doses diárias de chá e outro, de café. O prisioneiro bebedor de café acabou sendo o último dos três a falecer.

Após ficar conhecido pela Europa nos dois primeiros séculos da Era Moderna, o café atravessou as águas do oceano Atlântico. O capitão francês Gabriel-Mathieu de Clieu foi quem plantou a primeira muda de café das Américas, na ilha da Martinica, na década de 1720. Por volta de 1730, o café chegou ao Brasil por meio de uma missão secreta enviada à Guiana Francesa. Na segunda metade do século XVIII, as primeiras plantações surgiram no sudeste do Brasil, o primeiro grande celeiro desses grãos no país.

Café no Brasil 

Em geral, afirma-se que a introdução da cultura cafeeira no Brasilaconteceu em 1727, quando algumas mudas foram trazidas da Guiana Francesa e plantadas em Belém do Pará. Porém, há controvérsias de que em 1731, saiu a primeira exportação de café, do Maranhão para Lisboa, em Portugal. Na verdade, os especialistas deduzem a existência do café no Brasil anteriormente, ou vindo de outros continentes.
Em 1773 ou 1760 e 1762 (não há informações precisas em relação às datas), o Desembargador João Alberto Castelo Branco plantou no Rio de Janeiro, algumas sementes de café, que foram plantadas em diversos lugares, mas apenas algumas fixaram-se, entre elas: uma no quintal da casa onde o Desembargador morava, à ladeira do morro de Santo Antônio, próximo, hoje, à Imprensa Nacional; outra foi nos terrenos do mosteiro de Santa Teresa e duas na horta do convento dos capuchinhos italianos. Dessa plantação, o café expandiu-se pelos contrafortes da Serra do Mar, atingindo em 1825 o Vale da Paraíba, tendo alcançado os Estados de São Paulo e Minas Gerais.
O café estendeu-se derrubando a mata, abrindo estradas, fixando povoações e criando riquezas, explorando o solo virgem e rico em nutrientes. O ouro e da cana saíram de cena e cederam o palco para o "ouro verde" - Apelido dado ao café pelos fazendeiros.
Com a expansão do café, o país obteve algumas conseqüências importantes: 
  •  A áreas cobertas de matas foram substituídas por uma nova paisagem;
  •  Surgimento a uma nova aristocracia rural chamados "Barões do Café";
  •  Existência de cidades pioneiras;
  •  Introdução do imigrante italiano em São Paulo;
  •  Multiplicação das vias férreas.
No final do século XIX, o café respondia por 70% do valor das exportações brasileiras, enquanto a Colômbia correspondia 2% da produção mundial. Atualmente, o Brasil produz em média 32 milhões de sacas, sendo 35 milhões nos anos de alta e 27 nos anos de baixa. Considerando que a nossa participação na produção mundial é de aproxidamente 30%.
INTRODUÇÃO E EXPANÇÃO DO CAFÉ NO BRASIL
O café foi introduzido na Guiana francesa através do Governador da Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morgues, um punhado de sementes de café, colhidas do cafeeiros que os holandeses haviam plantados em Suriname, e as semeou no pomar de sua residência.
Em 1727, o Governador do Maranhão e Grão Pará, João de Maia da Gama, outorgou ao Sargento-Mor, Francisco de Mello Palheta, uma missão oficial, com o propósito de solucionar os problemas de delimitação de fronteiras, na região de "Montage d’Argent", na Guiana Francesa. Palheta foi também com uma missão secreta – conseguir algumas sementes do fruto, que segundo informações transmitidas ao Governador Maia, possuía grande valor comercial. Não faltou à estória, lances românticos, pois conta-se que a esposa do Governador de Caiena apaixonou-se pelo galante brasileiro e o presenteou com algumas sementes e cinco mudas de café.
No Brasil, essas sementes e mudas foram plantadas em Belém do Pará e no ano seguinte o café foi introduzido no Maranhão e daí erradiou, em pequenas plantações, aos Estados vizinhos, tendo atingido a Bahia em 1973, o Desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe, do Maranhão, para o Rio de Janeiro, algumas sementes de café, que foram plantadas no Convento dos Barbadinhos. O Marquês do Lavradio (vice-rei) e o Bispo do Rio de Janeiro, D. Joaquim, Fomentaram a ampliação da cultura, havendo este último, inclusive, cultivado um viveiro na Fazenda Capão.
Do Rio de Janeiro, o café expandiu-se pelos contrafortes da Serra do Mar, atingindo em 1825 o Vale da Paraíba, tendo alcançado daí os Estados de São Paulo e Minas Gerais. O café estendeu-se, derrubando a mata, abrindo estradas, fixando povoações e criando riquezas, com a exploração do solo virgem, rico em nutrientes, e da mão-de-obra escrava a baixo custo.
Iniciava-se o ciclo do café, após o do ouro e da cana de açúcar, com o café implantando-se solidamente.
No centro-sul, em condições ecológicas altamente favoráveis, o café atingiu o Oeste Paulista em 1840, o Noroeste de São Paulo em 1920; a Alta Sorocabana, a Alta Paulista e o Paraná, entre 1928/1930. O norte do Estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo já cultivam o café desde 1920.